quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Revolta da Cabanagem vira Game

Por Luan Ribeiro, para o EcoDebate

A Cabanagem foi a única revolta em que os negros, índios e mestiços se uniram contra a elite política e tomaram o poder no Pará. Uma das causas da revolta foi a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a ausência política à qual a província sofreu após a independência do Brasil. Apesar de ser de cunho popular, o movimento contou com a participação de pessoas da camada alta e média da nossa região, como o padre João Batista e o jornalista Vicente Ferreira Lavor Papagaio.


Bateu saudades dos tempos revoltos? Deu aquela vontade de se rebelar contra o sistema onde poucos ricos comandam muitos pobres? No game “Cabanagem”, criado pelo Laboratório de Realidade Virtual do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará, pode-se abrir mão da realidade e voltar no tempo para este período da história Brasileira.

O jogo foi lançado em setembro deste ano e trata-se de uma mistura de estratégia e aventura com o objetivo de que o jogador tenha uma noção interativa da história do movimento cabano. Os líderes da revolta (Felipe Patroni, Batista Campos, Antônio Vinagre e Eduardo Angelim) estão presentes no Game, o jogador escolhe um destes para usar como personagem nas suas batalhas. E poderá viver na tela do computador os períodos da revolta que vão da chegada de Felipe Patroni no Pará, a fundação do jornal “O Paraense”, até o massacre conhecido como Brigue Palhaço (quando 256 revoltosos foram trancados dentro de um navio em condições precárias).

Oara o Professor doutor em Engenharia Elétrica e Computação Aplicada da UFPA, Manoel Ribeiro, os jovens cresceram com os videogames e a relação deles com o meio é mais do que diversão. A idéia é usar o game como uma forma lúdica de transferir conhecimento, ele não é tão profundo quanto um livro pode ser, mas tem um apelo muito mais forte. É sinônimo de diversão.
Fica a dica para quem tem interesse na história paraense, o game “Cabanagem” pode ser baixado gratuitamente no site www.larv.ufpa.br. Para jogar, é recomendável ter um computador com processador 3.0 GHz, 1 GB de memória RAM, placa de vídeo de 256 MB e sistema operacional Windows Xp ou Vista.

A ciência explica

A atração irresistível que exercem os jogos virtuais, especialmente sobre os jovens, está dando origem a uma nova cultura que S. Turhle chama de “cultura de simulação”. Esta autora, professora de sociologia da ciência no MIT (Estados Unidos), vem trabalhando, há décadas, sobre as relações entre crianças e adolescentes e computadores e jogos informatizados. Suas pesquisas revelam profundas transformações de ordem psicossocial provocadas pelo uso intenso destas máquinas de comunicação e informação que permitem aos jovens, sem sair de sua cadeira, não mais apenas assistir passivamente desfilar outros mundos, como na telinha da TV, mas criar eles mesmos seus próprios mundos e viver e interagir com outras pessoas no ciberespaço (Turkle, 1997).

Programas cada vez mais complexos (MUD – Multi User Domains), disponíveis na internet, permitem aos participantes criarem espaços virtuais e através deles interagirem com outros personagens criados por outros jogadores. Máquinas cada vez mais complexas possibilitam trabalhar com diferentes programas ao mesmo tempo, abrindo várias janelas na tela do monitor, e, por exemplo, fazer o exercício de matemática para a escola ou universidade, ao mesmo tempo em que participa de uma conversa(chat), de um jogo de avewnturas ou de “papéis” e mesmo de um jogo de sexo[Turkle, 1997, pg. 17]. Neste caso, a vida real está na janela do exercício de matemática e muitas vezes passa a ser encarada no mesmo nível das outras janelas: a realidade “vivida” e a realidade virtual acabam por serem percebidas como equivalentes [Belloni, 1999, p. 66].

*Luan Ribeiro é estudante de jornalismo do 4º período de jornalismo da Faculdade do Pará (FAP). Trabalho produzido para a disciplina Educação para a Mídia.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Amazônia por um Acordo pra Valer



Por Yasmim Uchôa (com informações da Noolhar)

Vários líderes mundiais estão desde o dia 07 de dezembro em uma oportunidade única e histórica em Copenhague (Dinamarca), para atuar em prol de um acordo internacional justo sobre o clima, no intuito de ajudar a salvar o planeta de uma ameaça devastadora: O Aquecimento Global.

A 15ª Conferência das Partes (COP-15) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima é considerada o encontro mais importante do mundo desde o final da Segunda Guerra Mundial. Nele, os governos tentarão chegar a um acordo sobre o que precisa ser feito em relação ao clima do planeta, que está mudando rapidamente, como a seca que atinge o Amazonas e as constantes inundações que ocorrem nos municípios paraenses, ou seja, um reflexo das Mudanças Climáticas na Amazônia.

A COP-15 ocorrerá até o dia 18 de dezembro. Durante um período de 12 dias, será preciso alcançar um Acordo do Clima que seja justo e com força de lei, ou seja, cujo cumprimento seja juridicamente obrigatório: um Acordo Global.

É com esse intuito, para despertar ainda mais a sociedade sobre os acordos mundiais, que está sendo lançado a ação: “Amazônia por um Acordo pra Valer”, um esforço conjunto da Campanha Tic Tac Tic Tac - uma aliança de organizações e indivíduos de todo o mundo agindo por um tratado climático ambicioso, justo e vinculante.

Dia 12 de dezembro, várias pessoas estiveram reunidas em todos os cantos do mundo para pressionar as autoridades que estão em Copenhague por um Acordo que valha de verdade, foi a maior mobilização climática já vista.

Em Belém, a ONG Noolhar organizou uma Vigília simbólica na Baia do Guajará, onde um barco percorreu os principais pontos turísticos da cidade, Forte do Castelo, Ver-o-Peso, Estação das Docas, para fazer a ação simbólica e leitura dos manifestos sobre a Ação do Clima nessas localidades.

A ação ocorreu no sábado (12) saindo do porto de Mosqueiro, no Ver-o-Peso, às 18 h.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Marajó: a nossa ilha da fantasia.

por Fernando Araújo

Marajó tem duas caras. De fevereiro a maio, as chuvas fortes represam as águas, inundando parte da ilha. Em julho, as águas começam a baixar e o sol “racha”, e a bicharada volta para as margens de rios e lagos.

A vida corre assim, lenta, baseada em duas estações: inverno e verão. O clima, é quente e chuvoso, mas sopra uma brisa constante devido à proximidade com o Oceano Atlântico. Ali, homem e natureza vivem em perfeita harmonia. Caboclo marajoara sabe ler o sol, as estrelas, a lua, e interpretar o que dizem os animais. Colonizada por ordens religiosas que, aliadas aos índios, desenvolveram a pecuária, hoje, Marajó está se tornando pólo turístico, principalmente para quem curte a natureza e têm espírito aventureiro.

A viagem pode ser feita de avião ou em embarcações que saem, todos os dias, de Belém. Os pequenos ‘navios’, como são chamados, transportam até 300 passageiros. Apesar desse tipo de transporte ser ainda precário, eles possuem algum conforto como aparelhos de televisão, vídeo e lanchonete.

Se preferir conhecer a ilha de carro há a opção de fazer a viagem em enormes balsas, que saem de Icoaraci, distrito de Belém. Elas transportam até 55 veículos a cada viagem. Nos dois andares superiores viajam até 630 passageiros. As balsas também possuem lanchonete, sistema de som ambiente e aparelhos de televisão

Soure- município considerado a capital do Marajó
Após a viagem por mar segue-se de carro ou de ônibus, pela rodovia Camará-Salvaterra com destino a cidade de Soure. São 33 quilômetros de estrada, cortando matas, campos, vilas e bucólicos igarapés. A estrada de asfalto termina às margens do Rio Paracauari.

Do outro lado, avista-se a cidade de Soure, antiga aldeia dos índios Marauanás. Outra balsa faz a travessia em menos de dez minutos. Conhecida como “a capital de Marajó”, a cidade encanta pelo seu exotismo e beleza. Com cerca de 19.250 habitantes, entre zona rural e urbana, a cidade possui uma população, onde predominam jovens e crianças.

A arquitetura é a mais variada. Casarões de diversas épocas e estilos se misturam às moradias típicas de sapé ou madeira. Apesar da renda per capita ser baixa, não há pobreza devido à abundância de carne, caça e peixe. O índice de desemprego, criminalidade e analfabetismo são um dos mais baixos do Brasil. Na cidade está instalado um dos campus da Universidade Federal do Pará.

Uma das características marcantes de Soure é o número de bicicletas circulando pelas ruas. Outra curiosidade é a população bubalina. Considerada a capital do búfalo do Brasil, são mais de mil búfalos, só na zona urbana. Eles estão por toda parte, nas ruas, puxando carroças, servindo como montaria ou, simplesmente, pastando nos quintais das casas.

Além de produzirem couro e leite de excelente qualidade, sua carne tem sido muito utilizada devido ao baixo nível de colesterol. Apesar do porte, esses verdadeiros “tratores”, são dóceis e têm muitas aptidões. O multiuso do búfalo é tanto que a Prefeitura de Soure instituiu na cidade o Taxi-búfalo.

A vida noturna em Soure é discreta, mas sempre acontecem apresentações de grupos folclóricos existentes na cidade. Ao som dos batuques, eles passam as noites dançando quadrilhas, carimbó e lunduns. Formados por componentes de todas as idades, nos finais de semana, eles se apresentam em ginásios, praças e hotéis.

Terra de gente hospitaleira, em qualquer lugar da ilha, o turista além de ser bem recebido, tem a oportunidade de conhecer uma das regiões mais fascinantes da Terra. Um mundo diferente e ainda desconhecido para a maioria dos brasileiros. A verdadeira ilha da fantasia, diria eu.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quadrinhos na Amazônia

Por Milena Imbiriba e Leila Cavalcante

As histórias em quadrinhos (HQ´s) são uma arte de mídia e fazem parte dos meios de comunicação de massa. Durante muito tempo se acreditou que eram somente uma subliteratura. Mas, as graças à emancipação da cultura e da arte junto aos avanços tecnológicos tal horizonte mudou.
As HQs andam lado a lado com o discurso ideológico, e são uma arte independente que passam uma mensagem e alcançma milhões de pessoas no mundo, sendo considerada como a nona arte.


O Brasil começou a publicar suas próprias revistas em quadrinhos no século XX. Apesar de seus artistas talentosos, a grande influência americana e européia sempre predominou na HQ nacional.
Atualmente os super-heróis americanos são os preferidos, porém, perdem mercado para os quadrinhos japoneses, que se expandem velozmente. Os mangás representam no Japão uma mídia tão forte quanto a televisão. Por conta do mercado, boa parte de artistas brasileiros trabalha com esses estilos. Muitos publicam revistas no exterior por falta de incentivo no mercado nacional. Mas, nem por isso os artistas brasileiros, e em particular os paraenses desanimam.

HQs no Pará
No Pará o estilo artístico ganhou espaço com o grupo “Ponto de Fuga” que surgiu nos anos oitenta. O coletivo foi criado numa oficina ministrada por Gian Danton, no Centro Cultural Tancredo Neves (Centur).
Os encontros ajudaram a formatar as idéias. Os participantes após o término da oficina formaram um grupo de quadrinhistas paraenses, que canalizou as produções através de fanzines.

Além da produção de fanzines, o grupo criou uma gibiteca e um estúdio para desenvolver produções em uma linguagem regional de quadrinhos. A pretensão era a publicação de trabalhos alternativos de artistas paraenses, com vistas a tornar Belém um centro produtor de HQs.

Nos anos 90 o mercado nacional explodiu de fora para dentro, através de uma invasão de quadrinhos estrangeiros. Difícil era a vida dos desenhistas e roteiristas regionais. Foi por essas e outras razões que Joe Bennet, nome pelo qual Benedito José Nascimento é conhecido no exterior, encara a oportunidade de produzir para Marvel (produtora do Homem-Aranha e X-Man). Recebendo em dólar. Nascimento deixou parcialmente de lado a produção de HQs regionais.


Mas para não deixar os paraenses invejando os Super Heróis americanos, Joe Bennet chegou a criar para a Amazônia Celular, sob encomenda, O Esquadrão Amazônia.Uma estória de Super Heróis regionais no estilo de Liga da Justiça.





Também há os que, com estórias idealizadas aqui em Belém, e por falta de mercado, produzem revistas no exterior premiadas em festivais. É o caso de A Boca do Mundo (em Francês, La Bouche du Monde), criado pelo paraense Edu Barbier. A produção tem a participação do cartunista regional Biratan Porto, dentre outros brasileiros e artistas de vários lugares do mundo.

Há ainda os fazem o caminho oposto, vêm do exterior para produzir em Belém. É o caso de Miguel de Lalor, cartunista que faz sucesso e mora na França, desenhando aventuras sobre a antiguidade européia. Ele busca reproduzir em sua obra símbolos da cultura local, como o prato de feijão e o Pão de Açúcar.


Lalor já lançou ‘‘Myrkos’’ e agora está partindo para mais uma trilogia sobre a História Contemporânea baseada na ordem dos templários. Em 2004, patrocinado pela Secretaria de Cultura, lançou: Galvez, Imperador do Acre.


Voltando a Belém do Pará, o estúdio Casa Velha, em 2004, contemplado com a Bolsa de Pesquisa, Criação e Experimentação Artística do Instituto de Artes do Pará, produziu a HQ Belém Imagínária. O projeto reuniu os jovens artistas: Volney Nazareno, Carlos Paul, Fernando Augusto e Otoniel Oliveira. Um ano depois, o estúdio produziu a HQ Encantarias – a Lenda da Noite cuja história também trata do imaginário popular, com lendas e mitos amazônicos.

A produção de quadrinhistas paraenses continua. Em 2009 voltamos a ouvir falar de Otoniel Oliveira, envolvido em quadrinhos produzidos anteriormente pelo estúdio Casa Velha.
Agora com um projeto em parceria com o Maurício de Souza. Isso mesmo, o “pai” da Turma da Mônica. O artista paraense foi convidado a participar da obra que comemora os 50 anos de carreira do quadrinhista mais conhecido do Brasil. Ele irá ilustrar uma pequena história da personagem "Marina".

Há mais artistas inspirados nas lendas amazônicas, que não tendo apoio para a publicação de suas revistas, ainda estão anônimos na massa, como Rosinaldo Pinheiro que escreveu as HQs Guerreiros da Amazônia.


Hoje a revista Quadrinorte divulga e incentiva ilustradores e roteiristas locais. O objetivo é publicar uma coletânea de autores residentes no estado. Dez mandamentos do DESAFIO QUADRINORTE:


1. Podem participar qualquer ilustrator e roteirista brasileiro.
2. Cada autor que aceitar o DESAFIO QUADRINORTE poderá fazer no mínimo 2 páginas e no máximo 10. Para participar, basta dar continuidade a HQ Página 1.
3. Poderão participar do desenvolvimento da HQ quantos roteristas e ilustradores quiserem.
4. Todas as páginas produzidas e enviadas para o DESAFIO QUADRINORTE deverão estar em RGB, formato JPG e com 300 DPI de resolução. As páginas devem obedecer o formato A4 e produzidas em preto e branco.
5. Os autores não poderão encerrar a HQ, esta função caberá aos organizadores do DESAFIO.
6. O tema que deve predominar nas HQs produzidas é "violência".
7. Os trabalhos prontos deverão ser enviados para 0 e-mail quadrinorte@gmail.com e devem constar o nome completo do autor e telefone para contato.
8. Toda informação relativa ao desenvolvimento do DESAFIO QUADRINORTE será divulgada neste blog.
9. Os autores que tiverem suas páginas aprovadas receberão 10 revistas por página publicada da edição da revista Quadrinorte - Coletânea de Quadrinhos nº 2.
10. A partir do envio da HQ para o e-mail do DESAFIO o autor automaticamente está aceitando as condições impostas nestes mandamentos.


A iniciativa já tem duas edições e procura patrocinadores. Interessados devem ir ao blog

História da genética no Pará

por Leonardo Ruffeil
A inclusão da genética clínica no sistema Único de Saúde (SUS), a judicialização (demandas judiciais) em saúde, aconselhamento genético e o atendimento de genética clínica nas esferas municipal, estadual e federal são as principais propostas do 2º Simpósio Nacional Sobre Atendimento em Genética Clínica e Laboratorial e da 7º Jornada Paraense sobre Doenças Metabólicas Hereditárias. Os eventos aconteceram nos dias 20 e 21 de novembro, no centro de convenções da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Os eventos trazem uma ótica multidisciplinar com caráter de formação cidadã e inclusão social. E contemplam todas as regiões do Brasil (estados do Pará, Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul), com explanações de biólogos, biomédicos, cirurgiões-dentistas, farmacêuticos, geneticistas, nutricionistas, um procurador regional da República e uma psicopedagoga.

A Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), Shire, Actelion, Genzyme, Biomarin e a Diagnósticos Laboratoriais Especializados (DLE) são os patrocinadores do evento. Os debates serão focalizados em questões como ética, direito, genética, SUS, redes de serviços, oncogenética, neurogenética, odontologia e psicopedagogia são os patrocinadores dos eventos.

O pós-doutor em genética João Farias Guerreiro abriu o evento com a apresentação sobre a história da genética humana no Pará. O pesquisador enfatizou que o grupo de pesquisa de genética humana paraense teve uma formação em diferentes áreas do país, o que fez com que esse grupo crescesse e se tornasse uma equipe com importantes resultados.

História
Manoel Ayres o pioneiro da genética paraense. Em 1965, o médico deixou a dia a dia dos consultórios e da academia para se dedicar ao estudo da genética.

A escola da genética paraense começou com estudos voltados a grupos indígenas. Ao contrário de outras regiões do Brasil, que iniciaram com a genética animal e posteriormente com humanos.
Ayres partir para o Rio Grande do Sul, com destino ao laboratório de genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em busca de mais informações sobre o assunto. Na época, as pesquisas estavam voltadas para os estudos dos cromossomos, que mais tarde trouxeram respostas para doenças como a síndrome de Down - forma de retardo mental causada por uma anomalia no cromossomo 21.

O médico paraense passou um ano na capital gaúcha estudando com o doutor Francisco Salzano, criando um vínculo com pesquisa e troca de informações, que persiste até hoje. Na sua volta, passou a pesquisar a genética com indivíduos das tribos indígenas Kayapós – originários do sul do Pará.

A criação do laboratório
O primeiro laboratório de genética do Pará foi criado em 1970 e serviu para aulas práticas da disciplina de biologia da educação da Faculdade de Filosofia e Ciência da UFPA.

Logo depois, em 1971, o laboratório foi incorporado ao Centro de Educação. Posteriormente, passou a fazer parte do Departamento de Biologia. No mesmo ano, o doutor Ayres acumulou os cargos de coordenador do curso de Biologia da UFPA e diretor do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Ente 1971 e 1973, o laboratório teve suas ações deslocadas para o CCB, no campus do Guamá.

Professor Dr. João Farias Guerreiro
O pós-doutor em genética, João Guerreiro, ingressou na faculdade de Medicina da UFPA em 1973 e concluiu a graduação em 1979. Em 1980, seguiu para o mestrado, no Paraná, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Encerrou a pós-graduação em Genética em 1983. Entre 1985 e 1989 foi o chefe do departamento de Genética do CCB da UFPA.

Cursou o doutorado em biologia genética, pela Universidade de São Paulo (USP), Durante 1994 a 1996, foi escolhido como o coordenador do curso de pós-graduação em Ciências Biológicas da UFPA.

Os anos de 1996 e 1998 foram dedicados aos estudos fora do país. Em uma das três maiores instituições de ensino superior do mundo, Universidade de Oxford, na Inglaterra, no Instituto de Medicina Molecular, onde fez seus estudos em Genética Humana e Médica, terminando assim, seu pós-doutorado.

Voltando ao Brasil, tem seu trabalho dedicado à genética médica, principalmente, nos estudos médico-biológicos de populações indígenas da Amazônia, com destaque para o povo Kayapós. Ainda integra o corpo docente do Laboratório de Genética Humana e Médica da UFPA e é professor do curso de medicina da Universidade, onde ajuda na formação de pesquisadores e leciona em cursos de mestrados e doutorados.

Foi indicado pelo ex reitor Alex Fiúza de Mello para ocupar o cargo de Diretor Executivo da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), fundação de apoio da UFPA, no quadriênio 2005-2008. Em 2009, foi escolhido pelo novo reitor, profº Dr. Carlos Maneschy, para integrar sua equipe, continuando no cargo de diretor da Fundação.


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A imprensa aloprou

Por Alberto Dines
A Folha de S.Paulo consegue se superar a cada nova edição. Mais surpreendente do que a publicação do abjeto texto de Cesar Benjamin (sexta, 27/11), sobre o comportamento sexual do líder metalúrgico Lula da Silva quando esteve preso em 1979, foi a completa evaporação do assunto a partir do domingo (29), exceto na seção de cartas dos leitores. Leia a íntegra no OI

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Casa das 11 Janelas: exemplo de revitalização do Centro Histórico de Belém




por Paula Fonseca e Mariana Ribeiro

O ponto turístico mais visitado nos últimos tempos em Belém do Pará encontra-se na Praça Frei Caetano Brandão, no Bairro da Cidade Velha, e é aberto para o público de terça a domingo, das 10h às 18h.

A Casa das Onze Janelas ou Núcleo Cultural Feliz Lusitânia foi criada para ser um espaço cultural de referência para as artes visuais contemporâneas. Além de salão de exposição, a Casa conta com espaço de lazer, restaurante e o Boteco das 11 Janelas.

Na área externa o jardim Feliz Lusitânia serve para a comercialização de objetos históricos e conta com uma praça à sombra de uma mangueira de frente para a baía do Guajará.


Ao lado há um anfiteatro, uma fonte e um píer. O espaço serve como palco para apresentações musicais e performances. No local encontram-se placas informativas com dados históricos do local.

O espaço cultural é um marco na historia da urbanização de Belém. Foi construída na metade do século XVIII por Domingos Da Costa Bacelar. Um rico proprietário de engenho de açúcar. Em mapa de 1753 a casa aparece ao lado da segunda construção da capela de Santo Cristo, hoje desaparecida.


Atendendo a um pedido do governo Português o então governador do Grão-Pará Francisco Athayde Teive (1763-1772), adquiriu a casa para a instalação do Hospital Real Militar. O projeto de adaptação da residência ao novo uso foi assinado pelo arquiteto italiano Antônio José Landi, em 1768.

A casa das 11 janelas deixou de funcionar como hospital em 1870, mas continuou a ter funções militares. Abrigou o corpo da guarda e a subsistência do exercito até o final do século XX.

Em 2001 o governo do estado do Pará, através da Secretaria de Cultura, e o Exército Brasileiro assinaram convênio para a alienação dos terrenos da casa. Trata-se da quarta etapa do projeto Feliz Lusitânia, que visa revitalizar o núcleo histórico inaugural de Belém.

A linha de intervenção adotada baseou-se em prospecções arqueológicas e arquitetônicas, pelas quais foram desveladas as linhas originais do prédio.

Momentos Amazônicos: UFPA organiza exposição coletiva de fotografia


por Alessandro Tabosa
Encerra no dia 18 de dezembro a exposição fotográfica coletiva “Momentos Amazônicos” no hall do Centro de Convenções Benedito Nunes da Universidade Federal do Pará (UFPA).

O fotógrafo Roberto Menezes é o curador da exposição, que traz 24 fotografias em cor e em preto e branco, ampliadas no formato de 70 x 46 cm.


A idéia do evento nasceu a partir da necessidade de divulgar a região amazônica, por meio da arte visual, com destaque à preservação do meio ambiente para uma melhor integração do homem com a natureza, explica release de divulgação.

Momentos Amazônicos apresenta trabalhos de Luca Centeno, Mácio Ferreira, Manoel Neto, Mari Chiba, Patrick Pardini e Petrus Alcântara.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Belém é sede do encontro de desenvolvimento da Amazônia

Foto: Eunice Pinto/Ag PA

por Pérola de Souza


Encerra amanhã em Belém o 1º Encontro de Desenvolvimento da Amazônia, no Hangar Centro de Convenções. O evento tem como objetivo implementar discussões que desenvolvam uma maior integração no cenário regional. Além de ampliar o debate sobre conhecimento e sustentabilidade.


O encontro é promovido pela Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep), e conta com o apoio do governo do estado do Pará.


Seis ministros participam do evento, entre eles: Casa Civil da Presidência da República, de Minas e Energia, da Cultura, de Pesca e Aquicultura, da Saúde, do Meio Ambiente e de Transportes.
E conta também com o representante da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

Cada instituição ali representada foi provocada a responder sobre: a crise financeira, transporte, saúde, educação entre outros assuntos que dizem respeito à nossa sociedade.

O Centro Cultural Banco do Brasil itinerante chega a Belém com novidades.

Por Mariana Ribeiro

Entre os dias 24 a 29 de novembro, Belém será palco de um dos maiores projetos culturais do país. Cinema, teatro e música integram a programação do circuito

A “sessão criança itinerante”, apresentará uma programação de filmes variados para o público infanto-juvenil. Essas obras são consideradas interessantes para a formação de crianças e adolescentes, porém, são pouco exploradas no circuito comercial.

Além de atividades para o público infanto-juvenil, o projeto também oferecerá palestras sobre temas importantes para serem refletidos com filhos ou alunos para professores e pais interessados.

A palestra para os professores será no dia 24, às 9h, e propõe troca de idéias sobre o cinema na educação. O debate visa compartilhar elementos da linguagem eletrônica tão para melhor atuação dos educadores.

  • Palestra “As múltiplas funções do audiovisual na escola” dia 24, ás 9h. E “Sessão Itinerante” ás 9h e ás 14h (duas sessões) – De 24 a 29 de Novembro.
  • Local: Hangar Centro de convenções e Feiras da Amazônia, na Av. Dr. Freitas. CEP: 66613902. Telefone: (91) 33440100 / 33440101 / 33440102.
  • Os filmes que serão exibidos são:
    KIKIRU E A FEITICEIRA: Dirigido por Michel Ocelot / França.
    CASTELO ANIMADO: Dirigido por Hayao Miyazaki / Japão.
    BRICHOS: Dirigido por Paulo Munhoz / Brasil.

Pará Leva três categorias no Prêmio Chico Mendes.


Por Yasmim Uchôa

Os vencedores do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente foram anunciados pelo Ministério de Meio ambiente na última quarta-feira (24).

Três entidades paraenses tiveram seus projetos premiados recebendo cada uma R$ 28 mil.

O Instituto Florestal Tropical (IFT) ganhou a categoria Organização da Sociedade Civil.

Já em Saúde e Meio Ambiente a grande vencedora foi a CNS Secretaria da Mulher Extrativista.

Os projetos de sustentabilidade tiveram seu espaço também, a Cooperativa Mista da Flona Tapajós levou o primeiro lugar na categoria Negócios Sustentáveis.

80 projetos concorreram em seis categorias. Cinco tiveram prêmios em dinheiro para o primeiro lugar e diploma honorifico.

O prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente foi criado em 2002.

O objetivo é incentivar ações ambientais sustentáveis na Amazônia.

Além de estimular trabalhos voltados para a conservação dos recursos naturais que reflitam na melhoria de vida das populações da região.

Encerra dia 29 de novembro o salão da cultura de Santarém, no oeste do pará

por Fátima Bahía

Participarão do evento os escritores Gabriel, o pensador, e Márcio Vassalo, João de Jesus Paes Loureiro, Vicente Malheiros da Fonseca e o escritor e compositor Ruy Barata, que será homenageado.

Na programação estão incluídas atividades de cinema, música, peças teatrais, danças, palestras, poesias, lançamento de livros, exposições e conversas com os jovens denominada “fala sério” .

A atividade é um projeto de descentralização da Feira do Livro de belém. O primeiro salão aconteceu no município de Tucuruí, com a presença de 50 mil pessoas.
Há projeto de realização de mais feiras nos municípios de Marabá e na região do Marajó. O sentido é valorizar a cultura da região de cada município.

Aluna da FAP é selecionada para o ll Salão Sesc Universitário da Arte Contemporânea

Por Sueanny Alcântara e Samara Miranda

Rafaela Gentil Coimbra de Oliveira, aluna da Faculdade do Pará (FAP) foi selecionada para o ll Salão SESC Universitários. Ela concorre a 3 prêmios no valor de R$ 1.500. O resultado será divulgado na abertura do salão, dia 27 de novembro.

Participaram da mostra 13 artistas e diversos universitários das instituições de ensino superior paraense.

O júri selecionado para julgar as obras contou com os artistas visuais, profissionais de artes, entre eles Armando Queiroz, Edinaldo Brito e Nando Lima.
Olivia Magno, cantora paraense apresenta o show acústico Marajó in Badalação.

O salão estará aberto ao público no período de 30/11 a 23/12, na Praça Justo Chermont, 236, Nazaré.

Cantos e recantos de Belém

Por Yasmim Uchôa

Caminhar por Belém é ter a certeza de a cada esquina se surpreender,



Seus cantos e recantos nos fazem viajar no tempo, nos encontrarmos com a fé e com a beleza de cada pessoa.


Entendemos a cada rua a magia do significado de sermos paraoaras com orgulho.


Nossas raízes lusitanas, francesas e alemãs brilham aos olhos de cada observador.



Belém, cidade faceira das belas mangueiras sempre a nos abrigar.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue


Por Yasmim Uchôa

Nesta quarta-feira (25) os hemocentros de todo o Brasil comemoram o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.


No Pará, a Fundação Hemopa terá programação especial, com shows musicais, sorteio de brindes e kits do Hemopa para agradecer aos doadores que ajudam a salvar vidas todos os dias.


O Hemopa pretende com a programação atrair mais doadores aos hemocentros e registrar 300 coletas por dia, no período de 23 a 28 de novembro.


A programação inclui ainda homenagens aos doadores com uma sessão especial na Câmara Municipal de Belém.


Para ser doador de sangue, é bem fácil, basta ter idade entre 18 e 65, pesar acima de 50 quilos e procurar um Hemocentro mais perto portando documento de identificação.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Belém a um pulo para a Europa.

Por Yasmim Uchôa e Fátima Baia

No século XIX Belém passou por uma reestruturação paisagística caracterizada na arquitetura e na infra-estrutura. O período ficou conhecido como belle epoque. Tal remodelagem ocorreu durante o ciclo da borracha, 1850 a 1910.

No final do século XIX era fácil encontrar filhas de nobres belenenses encomendando de Paris cortes de tecidos finos. Foi o momento de desenvolvimento vertiginoso de nossa economia e cultura.

Prédios, igrejas e monumentos de vários estilos foram projetados para remeter a realidade européia daquela época. O Neoclássico e o Art Nouveau predominam em nossa paisagem urbana até hoje. O propósito da elite local era criar um semblante parisiense na cidade tropical.

O segundo estilo com maior força artística na cidade serve de inspiração para os famosos coretos de ferro e até para um palacete luxuoso no centro da cidade, o Bolonha.

A Praça Batista Campos, o Museu do Estado de Pará (MEP), o Teatro da Paz e a Praça da República são outros exemplos da ambição em transformar Belém numa Paris.

Um toque de Art Nouveau:

A grande característica desse estilo é a linha, sempre com movimentos leves que lembram o vento.

É muito marcante a relação desse movimento artístico com a natureza. Ele retrata muito motivos florais (rosas, folhas e rebentos), ou do reino animal (borboletas e libélulas).

foto JaMBa, Nunez e Paroara(interior do palacete bolonha banheiro decorado)

Possui como principal elemento o ferro torcido e o vidro, que poderão, com a industrialização, ser moldados e produzidos em série. Todo esse patrimônio arquitetônico trava uma antiga luta pela conservação e restauração.

foto Luciana Cativo (mercado de carne do Ver-o-Peso escadaria em ferro torcido)

Da Europa ao século XXI:

O centro histórico de Belém possui cerca de sete mil imóveis e conjuntos urbanos distribuídos em todo o centro e no entorno, aponta a Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel). Deste conjunto, mais da metade já foi descaracterizado e outros imóveis foram demolidos.

O alto custo para conservação e a falta de incentivos por parte do município são apontados como os grandes vilões.

Uma pesquisa publicada neste mês pelos professores Thais Caminha Sanjad e Marcondes Lima da Costa, da Universidade Federal do Pará (UFPA), analisou um elemento que a cada dia desaparece e sofre a ação do tempo: os azulejos de fachadas.

Os dois professores estudaram 19 tipos de azulejos, dos quase 300 que compõem o acervo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA, e constataram pelo menos três origens diferentes dos azulejos: Portugal, Alemanha e França.

foto Amanda Pinto (azulejos do centro histórico de Belém em detalhes)

A pesquisa alerta: precisamos conscientizar a população, donos de imóveis e principalmente governantes para a importância histórica e cultural do nosso patrimônio arquitetônico. Configura crime ver um enorme potencial turístico como este desaparecer.


domingo, 22 de novembro de 2009

1ª Conferência Estadual de Comunicação do Pará


Por Sueanny Alcântara e Isis Monteiro
Nos dias 20 e 21 de novembro no Parque dos Igarapés, em Belém, realizou-se a 1ª Conferência Estadual de Comunicação do Pará, um marco histórico. Sob a coordenação da Comissão Organizadora Estadual (COE) com o tema “Comunicação: meios para construção de direitos e de cidadania na era digital”.
O encontro reuniu a sociedade civil, empresarial, estudantes de comunicação e o poder público para discutirem os caminhos da comunicação na região amazônica e no estado.

Na sexta (20) o encontro começou com o credenciamento às 15hs. A mesa de abertura foi composta por Paulo Roberto Ferreira (Secretário de Estado de Comunicação), José Selmo Souza (representante do Fórum Metropolitano de Reforma Urbana), Marcos Aurélio Lopes (TELEBRASIL) e Sérgio Santos (Diretor de Comunicação Popular e Mídia Comunitária da SECOM e Presidente da COE ), os quais apresentaram suas propostas e reflexões sobre o tema. Às 20hs foi apresentado a plenária regimental.

No sábado (21) o credenciamento teve início às 9hs encerrando-se às 10hs. Participaram da mesa Manoel Messias (representante da Central Única dos Trabalhadores – CUT – Nacional), Marcos Aurélio Lopes (TELEBRASIL) e Fábio Castro (Casa Civil do Governo do Estado e professor da Universidade Federal do Pará - UFPA). Dentre os assuntos apresentados pela banca destacam-se o monopólio de mídias públicas e a democratização da comunicação e rádios comunitárias.
Para participar de forma mais ativa à discussão, foram sorteados alguns integrantes de comissões que tiveram direito de fala na plenária, entre eles : Júlio Araújo (representante do Movimento em Defesa das Rádios Comunitárias no Pará), Júlio Miragaia e Felipe Freitas (Executiva Nacional do Estudantes de Comunicação Social – ENECOS – em Belém).
No início da tarde houve a apresentação dos Eixos Temáticos e posteriormente a eleição dos delegados para representar o estado na Conferência Nacional que acontecerá no período de 14 a 17 de dezembro em Brasília.

PREVNORTE

Por Paula Fonseca
Belém sedia o maior evento da área de segurança e saúde do trabalhador da região norte.

A Partir do dia 23 de novembro a cidade de Belém será palco para o encontro da Prevenção do Norte, a Prevnorte, que acontece no teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas e irá até o dia 26 de novembro.

Gestão de segurança, saúde e meio ambiente: desenvolvimento com educação, é o tema do encontro. O evento tem patrocínio de grandes empresas que atuam no Pará e apoio do governo federal.

O objetivo do encontro é fomentar a conscientização de que é preciso educar para conquistar novos horizontes e da ajuda da população para combater os problemas ambientais.

Detalhes AQUI

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Maria Sylvia Nunes exibe Che


Por Pérola de Sousa

Os fãs de Ernesto Che Guevara terão quatro oportunidades de conhecer um pouco mais sobre ícone da política internacional. O filme de Steven Soderbergh será exibido no teatro Maria Sylvia Nunes na Estação das Docas, nos dia 18 e 19.


Está cinebiografia relata o sucesso da Revolução Cubana liderada por Che Guevara, juntamente com Fidel e Raul Castro, responsáveis pela derrubada da ditadura de Fugencio Batista

O roteiro tem a sua trajetória na Bolívia, onde Che pretendia realizar mudanças na sociopolítica de toda a America latina. E ainida traz a maneira que utilizou para entrar no País, através de passaporte falso e o apoio de grupos argentinos e bolivianos, que detinham conhecimento de causa na revolução:

Conta também de suas articulações na derrubar do governo ditatorial de sua captura no dia 8 de outubro de 1967 e sua execução no dia seguinte.

O elenco que tem a presença de Benício Del Toro, que interpreta pela segunda vez o papel de Che Guevara, conta também com as participações de: Matt Damon, Lou Diamond Phillips, Catalina Sandino Moreno e do ator brasileiro Rodrigo Santoro.
A continuação do longa metragem tem como diretor pela segunda vez Steven Sodenbergh elogiado por sua imparcialidade no roteiro do filme retirado do diário deixado por Che.0020

Os ingressos estarão sendo vendidos por R$ 5 com meio entrada para estudantes, com classificação indicativa de 12 anos

Festival Vozes de Mestres: Naná Vasconcelos é a grande atração


Por Leonardo Ruffeil

Considerado um dos maiores percussionista do planeta, Naná Vascoscelos, faz apresentação em Belém no “Vozes de Mestres - Festival Internacional de Cultura Popular”. O evento ocorre nos dias 24 (terça-feira) e 29 (domingo) de novembro, no Hangar (Centro de Convenções e Feiras da Amazônia). O festival itinerante de música, já passou por oito cidades brasileiras. Dona Onete, cantora paraense, 70 anos, faz as honras da casa. .

Antes de desembarcar em Belém, o festival passou por Ouro Branco (MG), São Luís (MA), Florianópolis e Joinville (SC), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Natal). Na capital paraense, o evento além de shows serão realizados workshops, oficinas ao ar livre e mesas-redondas.

Dona Onete nasceu em Cachoeira do Arari, ilha do Marajó, com o nome de Ionethe Gama. Ainda criança começou a cantar. Seu maior destaque foi a criação do Carimbó chamego. Já participou dos grupos Raízes do Pará e Coletivo Rádio Cipó. No último ao lado de Mestre Laurentino, se aventura em outros estilos, como o rock.

Ao contrário do ritmo tradicional, o carimbó chamego tem um tempo musical mais cadenciado. As letras são mais elaboradas e a dança é com o par colado. Onete é a principal referência do novo estilo, que já tem muitos seguidores. Entre as músicas que já são sucesso de público estão “Amor Brejeiro” e “Banho de Cheiro”.


GUITARRADAS: Vieira, Curica e Aldo Sena matam a saudade do público de Belém


por Fátima Baia
A guitarrada é uma cria tipica do Pará. O som ecoa agradável aos ouvidos. O rítimo mescla o carimbó, choro e merengue e intercala com riffs de guitarra, que desempenham o papel principal. O público de Belém matou a saudade dos grandes mestres do rítimo, na noite de ontem, no projeto "Uma Quarta de Música", que encheu o Teatro Margarida Schiwazappa.

A sonoridade amazônica que já ganhou o mundo, tem nos craques da guitarra Vieira, Curica e Aldo Sena os expoentes. Tudo começou em 2003, com o guitarrista Pio Lobato, pesquisador musical e integrante do grupo Cravo Carbono. O músico reuniu no mesmo palco personalidades da música popular.

O antropólogo Hermano Vianna e o DJ Dolores estão entre fãs confessos dos mestres, que não poupam rasgados elogios.
Conheça algumas canções AQUI e também no myspace do gênero AQUI. E tem ainda vídeos no youtube

80 anos de Benedito Nunes

Por Leila Cavalcante


Neste mês de novembro, o Professor Benedito Nunes completa 80 anos de vida. Para celebrar a vida e a obra deste ilustre intelectual da Amazônia, a UFPA prestará a devida homenagem com a criação do Prêmio Professor Benedito Nunes. O projeto foi aprovado em 19 de novembro, pelo CONSEPE (Conselho Superior de Pesquisa, Ensino e Extensão).

O prêmio tem data de entrega prevista para o dia 21 de novembro, dia do nascimento do homenageado, à melhor tese de doutorado que deverá ser inscrita de acordo com o regulamento da honraria. Poderão concorrer pesquisadores dos Institutos de Ciências da Arte, de Filosofia, Ciências Humanas, Letras e Comunicação.

Também em comemoração à data, o ILC (Instituto de Letras e Comunicação) irá promover o minicurso “Benedito Nunes: Olhares sobre o poético – poesia, prosa, pintura e música”. A homenagem acontecerá no Auditório Francisco Paulo Mendes, do ILC.

O Professor é uma das personalidades intelectuais mais importantes da região Amazônica, é membro-presidente do conselho editorial da EDUFPA (Editora da Universidade), é autor de várias obras e vencedor do prêmio Jabuti de Literatura de 1987.



SESSÃO AVENTURA

Por Isis Monteiro

Alguém se lembra do programa “Vesperais Passatempo”? Se você tem 60 anos ou mais provavelmente conhece. Para quem é da geração Hollywoodiana não deve ter a mínima idéia.

A ACCPA (Associação dos Críticos Cinematográficos do Pará) exibirá a partir do dia 29/11, sempre às 16hs e em domingos alternados no velho Olímpia, uma série (02 episódios) e um filme B que justifica o nome da sessão (Sessão Aventura).

Com apresentações gratuitas e em datashow, a associação fará uma viagem na máquina do tempo apresentando produções como “As Aventuras do Capitão Marvel” e “O Filho de Tarzan”. É uma boa oportunidade também para a geração que nasceu agora.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A imprensa e a democracia

Por Eugênio Bucci

O que seria um "governo sem jornais"? Muito simples: seria um regime em que o Estado "editaria" a sociedade, diariamente. Ou, em outros termos, um Estado que, em lugar de resultar da vida social em liberdade, passasse a ser um condutor da vida social – claro que representado por um soberano, por um guia, por um uno que encarnasse o próprio espírito do Estado. Nesse sentido, um governo sem jornais seria uma completa inversão dos valores que fundam a democracia. Leia mais no Observatório da Imprensa

Belém sediará 4° plenária da conferência de comunicação.


Por Yasmim Uchôa


Após as etapas preparatórias de Marabá,Altamira e Santarém, será a vez de Belém sediar a 4ª Plenária Regional da Conferência Estadual de Comunicação.

A etapa reunirá representantes de 77 municípios do Pará no próximo dia 14 de novembro, no Parque dos Igarapés.

O tema da 1ª Conferência Estadual de Comunicação, que acontecerá nos dias 20 e 21 de novembro, é "Comunicação: meios para construção de direitos e de cidadania na era digital".

Os debates vão girar em torno do papel da comunicação democrática na garantia da liberdade de expressão, da inclusão social, da diversidade cultural e religiosa. Na plenária da Região Metropolitana serão eleitos 195 participantes para o evento estadual.

A conferência é destinada a profissionais, empresários e estudantes das áreas de comunicação, letras, educação, tecnologia e ciências humanas, segmentos sociais e Poder Público.

Confira a programação completa AQUI

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

“O Mundo de Alice”: entre nessa barca.

Por Milena Imbiriba e Pérola de Souza

A abertura das arrecadações de brinquedos para o projeto “O Mundo de Alice”, será feita amanhã, dia 6 de novembro. Os brinquedos serão distribuídos para a comunidade São Pedro da Vila da Barca. A iniciativa é da FAP JR, agência júnior de publicidade.

As doações podem ser feitas no hall do bloco C, nas dependências da FAP, às 18 horas, quando ocorre a apresentação de um vídeo e de uma banda local. Estudantes interessados devem comparecer ao estande, coordenado por Leandro Brabo, diretor do Projeto.

A Fap Jr. pede ajuda aos estudantes de comunicação social para afiliarem-se à inicitiva. O objetivo é a publicação e a mediação dos projetos auto-sustentáveis feitos com comunidades carentes.

Neste Natal, faça uma criança sonhar. Um único brinquedo doado, um pouquinho da sua atenção, é o suficiente para desencadear a esperança na Vila da Barca.
Seja solidário, a mudança começa na sua comunidade.

BENEDITO NUNES: 80 ANOS DO PENSADOR BRASILEIRO

Por Isis Monteiro



Em comemoração aos 80 anos do filósofo paraense Benedito Nunes, a Universidade da Amazônia (UNAMA) realizará o Congresso Benedito Nunes: pensador brasileiro. O evento acontecerá de 25 a 27/11 no Auditório David Mufarrej, no Campus da UNAMA na Alcindo Cacela em Belém. Tem por objetivo debater as obras do autor, com a participação de professores de vários cantos do país.


As homenagens começaram no dia 23 de outubro quando a UNAMA concedeu-lhe o título de Doutor ‘Honoris Causa’, condecoração máxima outorgada pela instituição. Ao final da cerimônia, durante o coquetel de encerramento, os convidados prestigiaram a exposição “Benedito Nunes: 80 anos de sabedoria”, montada na Galeria de Arte “Graça Landeira”.


UM POUCO DE HISTÓRIA



Benedito José Viana da Costa Nunes, nasceu em Belém do Pará no dia 21 de novembro de 1929. Eterno aprendiz e um autodidata, como se considera, Benedito define seu trabalho como “um tipo mestiço das duas espécies, a filosofia e a literatura”. Professor, filósofo, crítico e ensaísta, especializou-se em analisar obras de grandes escritores como Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa dentre outros.


Fez Mestrado na Sorbonne, em Paris e foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará e do Norte Teatro-Escola. Este último juntamente com a esposa Maria Sylvia Nunes e a cunhada Angelita Silva. Publicou grande número de artigos e resenhas em jornais regionais e de circulação nacional sobre filosofia e manifestações da cultura popular e erudita.


Entre os trabalhos destacam-se: encenação de Morte e Vida Severina, no 1º Festival Nacional de Teatro Amador (1958), no Recife, o que lhe valeu o prêmio de melhor adaptação teatral; O Mundo de Clarice Lispector (1966); Poesia de Mário Faustino (1966); Farias Brito: Trovas Escolhidas (1967); O Dorso do Tigre (1969); Leitura de Clarice Lispector (1973); Oswald Canibal (1978); O Livro do Seminário (1983); Passagem para o Poético: Filosofia e Poesia em Heidegger (1986); O Tempo na Narrativa (1988); A Paixão Segundo GH/ Clarice Lispector (1988); O Drama da Linguagem: uma Leitura de Clarice Lispector (1989); O Crivo de Papel (1999) e Hermenêutica e Poesia — O Pensamento Poético (1999).


Para maiores informações sobre o Congresso AQUI

XIII Feira Pan-Amazônia do Livro 2009.

por: Sueanny Alcântara e Samara Miranda


Belém do Pará abre as portas para a XIII a maior feira da América Latina.




A França é o país homenageado na XIII edição da Feira Pan-amazônica do livro, que ocorre no Hangar, Centro de Convenções, até do dia 15. O espaço receberá uma decoração especial, com réplicas do Arco do Triunfo e Torre Eiffel.

A feira é marcada por uma variedade de linguagens. Cinema, música, teatro e danças serão os eixos da programação Francesa. Além de performances com artistas nacionais e internacionais.

PÚBLICO INFANTO - JUVENIL.
Uma das principais novidades é o Parque da Turma da Mônica. A programação é direcionada para a Amazônia. O criador da Turma, Maurício de Souza, participa da feira.

PROGRAMAÇÃO MUSICAL. Lenine, Flávio Venturini e o grupo Teatro Mágico já estão confirmados para o show de abertura. O palco está montado à beira do lago do Hangar.

ESPAÇOS LITERÁRIOS.

O setor dedicado ao encontro literário terá 20 horas de atividades. Zeca Camargo, Zuenir Ventura, Emir Sader e Ariano Suassuma debaterão com o público paraense.

Saiba mais AQUI
Serviço

XIII Feira Pan-Amazônica do Livro

Período de 6 a 15 de Novembro

Onde: Hangar - Centro de Convenções

Horário de 10 ás 22 horas.

Verequete: ícone do carimbó paraense morre aos 93 anos.


Por Milena Imbiriba e Pérola de Souza.
Símbolo cultural da raiz rítmica do Pará, Augusto Gomes Rodrigues morreu de infecção generalizada, no hospital Barros Barreto no fim da manhã desta terça-feira, 3.

Verequete, nasceu em 26 de agosto de 1916 em Careca na zona bragantina. Aos três anos de idade, com a morte da sua mãe, mudou com seu pai para o município de Ourém, desenvolvendo os primeiros passos do ritmo no terreiro da negra ‘Piticó’. Seu apelido surgiu durante um culto umbandista, onde o pai de santo o chamou de “Mestre Verequete”, Augusto gostou e adaptou.

Na tarde da quarta-feira, foram feitas homenagens ao Rei dos tambores. O corpo do músico foi levado em carro aberto do Teatro da Paz a um cemitério particular em Marituba.

“A música do Pará perde um divulgador de sua cultura... Éramos amigos, e eu tinha um respeito muito grande por ele. É uma perda irreparável”, diz Pinduca lembrando sua amizade com o mestre.

A Diretora da Escola de Música da UFPa, Lúcia Anchôa, apelando aos paraenses também homenageou Verequete: “Espero que Verequete seja eternizado pelo povo do Pará assim como foram Waldemar Henrique e o maestro Altino Pimenta. Verequete deve ser lembrado como um exemplo para todos os jovens músicos paraenses, por ter sido um homem que não só sabia valorizar e exaltar a cultura do Estado, como tinha orgulho de ser paraense”.

A banda Uirapuru lançou recentemente, “Homenagem ao Mestre”, uma nova música para comemorar a importância de Verequete aos ritmos paraenses, com o refrão “Verequete, seus amigos nunca vão te deixar só; tu sabes, és lenda pura da vida do carimbo”.

Conhecido como maior expressão artística do carimbo do Pará, foi um dos primeiros divulgadores do ritmo no subúrbio de Belém. Organizou o conjunto o “Uirapuru”, lançando seu primeiro disco em 1970, com ritmos de carimbo e afro-indígena. Além de 11 discos e 4 CDs gravados durante sua carreira. A obra foi reconhecida através do Prêmio Mestre Humberto Maracanã, do Ministério da Cultura.

Em 2002 o curta paraense que homenageia o mestre, “Chama, Verequete”, ganhou o premio Kikito de Ouro do Festival de Gramado. O prêmio ajudou a amplificar o reconhecimento nacional e mundial da obra. O mestre não recebeu o prêmio em vida, porém Edilson moura Diretor da Secult, assegurou que o valor de R$10 mil deve ser entregue à sua família.