quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ainda se encontra Alfaiates em uma cidade grande?




Fátima Baia

Sim, ele existe e chama-se Audésio Pereira de 70 anos de vida e 49 na profissão, iniciada por seu pai no bairro do Umarizal, próximo a praça Brasil.

Hoje não trabalha mais. Tem problemas nas articulações. Mas, garante para quem gosta é um prazer ver sua obra de arte pronta.

A profissão exige boa visão, habilidade manual, interesse por moda, senso estético, concentração e atenção aos detalhes.

Os alfaiates autônomos são poucos e possuem seus próprios ateliês atendendo a clientes antigos e exigentes em casa ou costurando por encomenda.

Há os que são empregados nas indústrias de confecções e os que trabalham em lojas, efetuando consertos e ajustes nas peças ao corpo do cliente.

O mercado de trabalho para alfaiates está sendo exclusivo do setor privado. A automação e a concorrência dos produtos importados e baixo preço afetaram a indústria de confecção, com reflexos no mercado de trabalho.

Hoje em dia este profissional está cada vez mais raro, permanecendo no ofício somente aqueles que gostam muito de sua arte e sabem valorizar uma boa vestimenta.
Como se fosse uma obra de Portinari a embelezar uma casa humilde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário