quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Círio (s) de Nazaré- um rio de fé

Leonardo Ruffeil

Festas dentro da Festas
A festa é aberta oficialmente na sexta-feira que antecede o domingo do Círio, com a encenação da peça paraense “Auto do Círio”, na qual atores fazem uma alusão à festa em forma de uma procissão muito bem humorada.

Desde o início, em 1993, a peça é toda encenada no centro histórico da cidade. Entre os prédios seculares temos a Catedral da Sé, a igreja de Santo Alexandre, o Solar do Barão do Guajará (hoje sede do Instituto Histórico e Geográfico do Pará), o Palácio Antônio Lemos e o Palácio Lauro Sodré.

Todos localizados no bairro da Cidade Velha.

Sao inémras as celebrações à Nazaré. Tem-se a Romaria Rodoviária, a Romaria Fluvial, na qual barcos levam a imagem pela baía do Guajará. E a Motorromaria, evento exclusivo de motociclistas que conduzem a imagem da santa até à Basílica.

A Trasladação
A Trasladação é a procissão em que todos os peregrinos levam velas. O cortejo sai da Basílica e vai até a Catedral. Na manhã de domingo do Círio o caminho é invertido.


Mas, com o passar dos anos, a Trasladação deixou de ser apenas uma pequena procissão para se tornar uma versão noturna do Círio, chegando até 2 milhões de pessoas. Em 2009, participaram 1,2 milhões de peregrinos.

A Corda
A corda é uma das maiores representações do Círio e da fé do povo. É nela que ocorrem as maiores provas de amor à Santa e são pagas as graças obtidas. Ela mede 400 metros e pesa 700 kg. É ela que puxa a berlinda que conduz a imagem de Nossa Senhora de Nazaré.


A corda é confeccionada de sisal (planta cultivada principalmente no estado da Bahia, quase sempre usada comercialmente) e é utilizada na festa desde 1868.
Ao fim da procissão de domingo conseguir um pedaço da mesma é um prêmio à fé.

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